domingo, 13 de outubro de 2013

Finalmente!, uma nova tradução de “Rayuela” para o português!

ATENÇÃO! NOVIDADES SOBRE ESTE ASSUNTO NESTE OUTRO POST:
http://blogmorellianas.blogspot.com.br/2013/11/nao-comprem-nova-edicao-de-o-jogo-da.html

Um dos maiores mistérios de “O Jogo da Amarelinha” para mim sempre foi seu tradutor. Quem será aquele tal de Fernando de Castro Ferro? Nãolembro de jamais ter encontrado informações seguras e substanciais sobre ele. As informações que se encontram em fóruns e blogs são, às vezes, contraditórias e, com frequência, pouco claras.

Em um post anterior (http://blogmorellianas.blogspot.com.br/2013/03/rayuela-em-hebraico-e-em-portugues-nao.html), comentei que a Civilização Brasileira pretendia lançar uma nova tradução do livro, feita pelo professor Eric Nepomuceno. Desde aquela época, fiquei aguardando alguma resposta, tanto da editora como do tradutor, mas nunca recebi uma linha sequer deles.

Pois parece que os planos mudaram: a tradução comemorativa dos 50 anos de publicação de “Rayuela” não será feita por Nepomuceno. Aliás, não foi feita. Porque já está em pré-venda essa edição comemorativa. A tradução ficou a cargo de Ari Roitman –  uma de suas raras traduções sem algum parceiro tradutor (como Paulina Wacht, com quem traduziu vários livros de Cortázar .

Com 602 páginas (menos que as 640 das edições recentes), e ao preço de R$ 70, esta edição especial tem ainda um prefácio do tradutor e uma bela arte de capa, de alguma forte semelhante a todo o projeto gráfico dos livros cortazarianos publicados pela Civilização Brasileira. Segundo alguns sites de venda de livros, espera-se que a edição esteja disponível a partir de 20 de outubro. (Alguns sites dizem já ter o produto, mas quando se liga pra loja, não há estoque ainda.)

Eu vou comprar o meu e vou direto ao capítulo 50, para ver como Roitman se virou com a tradução do trecho “una fuente de porlan”, embora eu desconfie que ele vá se guiar pela nota da edição da Cátedra do livro, que opina que porlan seja uma forma de representar a pronúncia de Portland, um tipo de cimento ou algo assim.

Eu, que não tenho lido nem as placas do metrô (o que me faz ir para a direção errada, com consequências bem cortazarianas...) vou ter de dedicar tempo e atenção a esta nova edição.

Terá Roitman coragem de alterar muito a consagrada tradução do capítulo 7?

Capa da nova edição